1922-2022
Centenário da primeira transmissão radiofônica no Brasil

Modernidade, identidade e consumo: as ondas do rádio na formação de padrões de comportamento social e político nos grandes centros urbanos brasileiros.

1922-2022
Centenário da primeira transmissão radiofônica no Brasil

Modernidade, identidade e consumo: as ondas do rádio na formação de padrões de comportamento social e político nos grandes centros urbanos brasileiros.

REALIZAÇÃO

Sete de setembro de 1922. Rio de Janeiro.

Ocorre a primeira demonstração pública de transmissão de rádio no Brasil, com discurso do então presidente Epitácio Pessoa (1919-1922) e apresentação da ópera “O Guarany” de Carlos Gomes.

1922

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Roquette Pinto (de gravata borboleta), considerado o fundador da radiodifusão no Brasil, observa antigos e então modernos aparelhos de radiofonia em Solenidade na Associação Brasileira de Televisão pelo 30º aniversário da implantação do rádio no Brasil.

Roquette Pinto (de gravata borboleta), considerado o fundador da radiodifusão no Brasil, observa antigos e então modernos aparelhos de radiofonia em Solenidade na Associação Brasileira de Televisão pelo 30º aniversário da implantação do rádio no Brasil.

Com a adoção de dois decretos do governo de Getúlio Vargas (1930-1945), o rádio se tornava, no início dos anos 1930, veículo de propaganda e mobilização política em um país de dimensões continentais e com alto índice de analfabetismo.

Com a adoção de dois decretos do governo de Getúlio Vargas (1930-1945), o rádio se tornava, no início dos anos 1930, veículo de propaganda e mobilização política em um país de dimensões continentais e com alto índice de analfabetismo.

Mas foi nas décadas de 1940 e 1950, inserido na lógica de mercado, que o rádio ajudou a construir novas referências culturais, políticas e de consumo para um Brasil em transição, cuja população começava a migrar do campo para a cidade.

Mas foi nas décadas de 1940 e 1950, inserido na lógica de mercado, que o rádio ajudou a construir novas referências culturais, políticas e de consumo para um Brasil em transição, cuja população começava a migrar do campo para a cidade.

Por meio do rádio, o brasileiro passou a conhecer o mundo: novas ideias, novos produtos da indústria e do comércio.

Os cremes de beleza eram os grandes anunciantes dos programas radiofônicos, responsáveis pelo patrocínio de novelas e programas femininos, onde veiculavam os “jingles” de seus produtos.

saúde

Pelas propagandas radiofônicas, o mercado de produtos de higiene e beleza nascente criava novos hábitos de consumo. Práticas como escovar os dentes eram também estimuladas pelo governo federal com o intuito de criar novos hábitos de higiene e saúde pública.

O RÁDIO COMO ENTRETENIMENTO

Programas musicais, humorísticos e de auditório, em sua maioria realizados ao vivo, compunham a base e os sucessos da programação do rádio em seus anos iniciais.

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Pelas próprias dimensões físicas dos aparelhos da época, ouvir rádio era uma experiência coletiva nos lares.

Rádio Brasileiro

As décadas de 1940 e 1950 marcaram a Época de Ouro do rádio brasileiro.

Ao fazer parte do cotidiano e intimidade dos lares brasileiros, o rádio construía uma relação de proximidade entre o público e os artistas - além das cantoras e cantores, as pessoas também se sentiam próximas de humoristas e atores que faziam a programação diária à época.

Novelas

As novelas brasileiras

Em 5 de junho de 1941 estreava a primeira radionovela brasileira

Em Busca da Felicidade

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Patrocinada pelo Creme Dental Colgate.

Novelas

As novelas brasileiras

Em 5 de junho de 1941 estreava a primeira radionovela brasileira

Em Busca da Felicidade

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Brasil

Em 1948, surgia a Revista do Rádio com as “fofocas” da era do rádio e, posteriormente, também com as “fofocas” da TV.

Brasil

Em 1948, surgia a Revista do Rádio com as “fofocas” da era do rádio e, posteriormente, também com as “fofocas” da TV.

O RÁDIO E SEU PAPEL EDUCATIVO

O rádio criava fortes laços de identificação entre seus ouvintes. Influenciava a linguagem do cotidiano, com chistes, jingles e piadas que se popularizaram nos anos 1950.
Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, no ano de 1951, 95% da população possuía aparelho receptor de rádio (BCD 05/01, 1951: 6).
Por sua abrangência, o Ibope apontava o potencial educativo desse meio de comunicação: as classes menos abastadas estavam interessadas em ter, regularmente, aulas pelo rádio.

Segundo o Ibope: “No Brasil, o rádio talvez seja o melhor instrumento de educação das massas, ainda em estado potencial. É imensa, pois, a responsabilidade das emissoras, é muito grande o poder dos homens que as dirige[m]. Cabe-lhes, por um lado, corresponder ao interesse do público, que compra seu receptor, às vezes com sacrifício das próprias necessidades primárias de subsistência e por outro, o alto grau de responsabilidade que contam, na educação do povo” (BCD 08/06, 1952: 128).

A TV chega ao Brasil nos anos 1950

E o rádio? Perde seu potencial informativo, educativo e de entretenimento?

Pesquisa no ano de 1953 mostrava que, no Rio de Janeiro, um terço dos entrevistados ouvia a mesma quantidade de horas de rádio, em comparação aos três meses anteriores. Outro terço afirmava ouvir menos que anteriormente. A diminuição do tempo do rádio nas residências cariocas era maior entre as classes mais abastadas (BCD 10/13, 1952: 330).

Ouvem menos rádio nos últimos tempos (% respostas sim)

Ouvem menos rádio nos últimos tempos (% respostas sim)

Segundo o Ibope, as principais razões para o menor interesse pelo rádio eram a falta de tempo (37%) e a má programação (22%). A influência da TV foi apontada por apenas 14%. Para os que aumentaram ou mantiveram o seu tempo de audiência de rádio, a principal razão era a qualidade dos programas (41%).

Programas humorísticos e musicais eram os gêneros favoritos. Em seguida, empatados, apareciam as novelas e os programas de esportes. A menção em terceiro lugar às novelas (assim como aos esportes) se devia às diferenças por gêneros: mulheres não citaram os programas de esporte e, entre os homens, somente 3% manifestaram preferência por novelas (BCD, 18/07, 1954).

Gêneros de programas preferidos, Rio de Janeiro

publicidade

Com a chegada da TV, as verbas publicitárias passaram a ser divididas entre esses dois veículos eletrônicos. O formato inicial dos programas televisivos seguia a fórmula de sucesso dos programas de rádio, sobretudo a transposição das novelas de rádio para os formatos de teleteatros e telenovelas. As empresas que patrocinavam os programas radiofônicos estavam presentes também na programação televisiva.

RÁDIO & INFORMAÇÃO

Presente em momentos cruciais da história política brasileira

Nos anos 1960, parte da população, ainda abrigada no campo, tomou ciência do Golpe Civil-Militar de 1964 por meio do rádio.

Na madrugada de 1º de abril, foi pela Rádio Nacional que Rubens Paiva fez um apelo à população pela defesa da legalidade democrática.

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Em 15 de agosto de 1969, como parte do movimento de resistência e oposição à ditadura, a Rádio Nacional de Piraporinha (interior de São Paulo) foi tomada por guerrilheiros da Aliança Nacional Libertadora, que interromperam a programação para transmissão do Manifesto do líder Carlos Marighella.

Repórter Esso: 27 anos de sucesso

(28 de agosto de 1941-31 de dezembro de 1968)

A publicidade também influenciou o jornalismo radiofônico no Brasil. A primeira edição do Repórter Esso foi pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro. As notícias do programa eram elaboradas por redatores da agência de publicidade McCann-Erickson que detinha a conta da Standard Oil Company of Brazil. Serviu de modelo, nas décadas seguintes, para o jornalismo, pelo seu estilo objetivo e moderno.

REPÓRTER

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Repórter Esso: 27 anos de sucesso

(28 de agosto de 1941-31 de dezembro de 1968)

A publicidade também influenciou o jornalismo radiofônico no Brasil. A primeira edição do Repórter Esso foi pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro. As notícias do programa eram elaboradas por redatores da agência de publicidade McCann-Erickson que detinha a conta da Standard Oil Company of Brazil. Serviu de modelo, nas décadas seguintes, para o jornalismo, pelo seu estilo objetivo e moderno.

REPÓRTER

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REPÓRTER

Repórter Esso era um programa informativo, não comentava as notícias e sempre fornecia as suas fontes. Destacava-se pelos slogans: “O primeiro a dar as últimas” e “Testemunha ocular da história”.

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REPÓRTER

Repórter Esso era um programa informativo, não comentava as notícias e sempre fornecia as suas fontes. Destacava-se pelos slogans: “O primeiro a dar as últimas” e “Testemunha ocular da história”.

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DESTAQUES DO REPÓRTER ESSO

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Repórter Esso anuncia a renúncia de Getúlio Vargas

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Anúncio da morte de Carmen Miranda-1955

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A VOZ DO BRASIL, DESDE 1935

Programa de rádio mais longevo do país

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Criado no governo de Getúlio Vargas (1930-1934; 1934-1937; 1937-1945) como Programa Nacional, foi ao ar pela primeira vez em 22 de julho de 1935, inicialmente transmitido apenas para a capital do país, tendo como tema de abertura “O Guarany”.

Em 1938, durante o Estado Novo, ganhou o nome de Hora do Brasil e se tornou programação obrigatória, sempre às 19h, em todas as emissoras de rádio do país.

Foi durante o governo do presidente Dutra (1946-1951), em 1946, que o programa passou a se chamar A Voz do Brasil, “marca” que carrega até hoje.
No começo dos anos 1970, durante a ditadura civil-militar brasileira (1964-1985), a música de abertura do programa passou a ser o Hino da Independência do país.
No governo Sarney (1985-1990) o tema de abertura do programa voltou a ser O Guarany.
Em 2018, as rádios de todo país tiveram flexibilização no horário de transmissão, a partir de então seria possível transmitir o programa radiofônico entre as 19h e 22h.
Em 2020, decreto do governo federal regulamentou casos excepcionais que dispensam a transmissão do programa.

Foi durante o governo do presidente Dutra (1946-1951), em 1946, que o programa passou a se chamar A Voz do Brasil, “marca” que carrega até hoje.

No começo dos anos 1970, durante a ditadura civil-militar brasileira (1964-1985), a música de abertura do programa passou a ser o Hino da Independência do país.

No governo Sarney (1985-1990) o tema de abertura do programa voltou a ser O Guarany.

Em 2018, as rádios de todo país tiveram flexibilização no horário de transmissão, a partir de então seria possível transmitir o programa radiofônico entre as 19h e 22h.

Em 2020, decreto do governo federal regulamentou casos excepcionais que dispensam a transmissão do programa.

A Voz do Brasil

Segundo o Ibope - 1954

O sr.(a). seria favorável ou contrário a que se acabasse com o noticiário da Agência Nacional ("A Voz do Brasil")?

Segundo o IBOPE: "Se assim pensam os cariocas, que não diremos dos brasileiros que vivem no interior, quase sem veículos informativos, e que se devem valer com muita maior razão deste noticioso?”

População do Rio de Janeiro (%)

(BCD 19/07, 1954: 103)

Por grau de instrução (%)

(BCD 19/07, 1954: 103)

Pesquisa realizada na cidade do Rio de Janeiro, após a morte do Presidente Getúlio Vargas, mostrava que a maioria dos entrevistados era contrária à interrupção do programa A Voz do Brasil.

Os resultados por grau de instrução mostravam que aqueles com ensino primário e secundário eram os mais contrários à sua extinção. Entre aqueles com ensino superior a contrariedade à extinção do programa era de metade dos entrevistados (51%), o que, ainda assim, representava a maior parte do grupo.

A Voz do Brasil chega à democracia recente

1989

Você é a favor ou contra a transmissão da Voz do Brasil diariamente em cadeia de rádio?

Após atravessar diversos regimes e momentos políticos, em 1989, A Voz do Brasil chega à democracia brasileira recente com a mesma elevada popularidade: 70% da população brasileira defendia que o programa deveria continuar sendo transmitido.

Disponível: Datafolha, 24/02/1989. Disponível no Banco de Dados do Cesop / Unicamp.<https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/375 > Universo: eleitores das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Acesso: set. 2022

Disponível: Datafolha, 24/02/1989. Disponível no Banco de Dados do Cesop / Unicamp.<https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/375 > Universo: eleitores das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Acesso: set. 2022

Por grau de instrução (%)

Disponível: Datafolha, 24/02/1989. Disponível no Banco de Dados do Cesop / Unicamp.<https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/375 > Universo: eleitores das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Acesso: set. 2022

Disponível: Datafolha, 24/02/1989. Disponível no Banco de Dados do Cesop / Unicamp.<https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/375 > Universo: eleitores das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Acesso: set. 2022

Você é a favor ou contra a transmissão da Voz do Brasil diariamente em cadeia de rádio?

As diferenças por grau de instrução no apoio ao programa permaneceram: quanto mais escolarizado o entrevistado, menor o apoio à manutenção da transmissão ao programa. No entanto, mesmo entre aqueles com ensino superior, o apoio à continuidade da transmissão era majoritário.

O rádio e as eleições democráticas

Pesquisas de opinião pública para os anos de 1989 e 2018, nos contextos das campanhas e das eleições presidenciais brasileiras, mostram mudança no perfil da população brasileira: em termos etários, envelhecimento, em termos educacionais: elevação do nível de escolaridade.

Em relação aos meios de informação, além da diminuição da importância do rádio, a TV também diminui sua proeminência nesses 30 anos, tendo em vista a chegada da Internet e das redes sociais como meios de informação.

Apesar das mudanças, são os mais velhos (mais de 50 anos) e com escolaridade até o ensino fundamental incompleto que mais ouvem rádio ao longo do tempo. Nos anos recentes, o público masculino também se destaca.

Democracia

O rádio como meio de informação política nas eleições democráticas

1989 - Em geral você se informa sobre a eleição para presidente da República… (Meio principal)

Fonte: IBOPE, 19 e 20/08/1989. Disponível no Banco de Dados do Cesop / Unicamp. < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/416 >. Universo: eleitores brasileiros.

Fonte: IBOPE, 19 e 20/08/1989. Disponível no Banco de Dados do Cesop / Unicamp. < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/416 >. Universo: eleitores brasileiros.

2018 - Como se informa sobre política? (%)

Fonte: ESEB, 10/11/2018 a 24/11/2018. Disponível no Banco de Dados do Cesop/Unicamp. < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/4538 >. Universo: eleitores brasileiros.

Fonte: ESEB, 10/11/2018 a 24/11/2018. Disponível no Banco de Dados do Cesop/Unicamp. < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/4538 >. Universo: eleitores brasileiros.

No período 1989-2018 observa-se que a TV continua a ser o meio mais usado para se informar sobre as eleições a cargos públicos. O rádio perde proeminência e as redes sociais passam a ocupar lugar de destaque.

Quem é o público do rádio?

1989 Sexo (%)

2018 Sexo (%)

1989 Faixa etária (%)

2018 Faixa etária (%)

1989 - Grau de instrução

2018 - Grau de instrução

Rio de Janeiro e São Paulo - 2020 - eleições municipais

As pesquisas de opinião pública apontam os níveis de confiança dos entrevistados nos meios de informação tradicionais quando o assunto é política. Nas capitais, a desconfiança nas novas mídias é mais elevada.

No caso das mídias tradicionais, na qual se inclui o rádio, há uma pequena diferença entre as duas capitais: em São Paulo, os cidadãos revelaram um pouco mais de confiança do que de desconfiança no rádio, bem como na televisão e nos jornais impressos; no Rio de Janeiro, os entrevistados estão mais divididos sobre a confiabilidade desses meios de comunicação tradicionais: no caso do rádio, eles tendem um pouco mais para a confiança.

De todo modo, nas duas cidades, a desconfiança nas redes sociais é majoritária e muito superior aos níveis de desconfiança do rádio e demais mídias tradicionais.

eleição

RIO DE JANEIRO - 2020

RIO DE JANEIRO - 2020

Confiança nas informações sobre as eleições municipais divulgadas em (%)

Fonte: Datafolha, 18 a 20/03/2020. Disponível no Banco de Dados do Cesop/Unicamp. < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/4578 >. Universo: eleitores da cidade do Rio de Janeiro. Acesso em: set. 2022.

Confiança nas informações sobre as eleições municipais divulgadas em (%)

Fonte: Datafolha, 18 a 20/03/2020. Disponível no Banco de Dados do Cesop/Unicamp. < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/4578 >. Universo: eleitores da cidade do Rio de Janeiro. Acesso em: set. 2022.

eleição

SÃO PAULO - 2020

Confiança nas informações sobre as eleições municipais divulgadas em (%)

Fonte: Datafolha, 05 e 06/10/2020. Disponível No Banco de Dados do Cesop/Unicamp. < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/4583 >. Universo: eleitores da cidade de São Paulo. Acesso em: set. 2022.

eleição

SÃO PAULO - 2020

Confiança nas informações sobre as eleições municipais divulgadas em (%)

Fonte: Datafolha, 05 e 06/10/2020. Disponível No Banco de Dados do Cesop/Unicamp. < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/4583 >. Universo: eleitores da cidade de São Paulo. Acesso em: set. 2022.

saúde

O Rádio e a Pandemia da COVID-19

Em 2020, logo no início da epidemia do Coronavírus, pesquisa nacional apontou que a grande maioria da população brasileira se informava pela televisão sobre a nova doença, seguido por sites de notícias e pelas redes sociais. Apenas 1% dos entrevistados apontavam que tinham o rádio como fonte de informação. No entanto, enquanto metade dos entrevistados indicavam que confiavam nas informações transmitidas pelo rádio, pelo menos o mesmo percentual dizia que não confiava nas redes sociais.

Meio de informação sobre o coronavírus (%)

Fonte: Datafolha, 05 e 06/10/2020. Disponível No Banco de Dados do Cesop/Unicamp. < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/4583 >. Universo: eleitores da cidade de São Paulo. Acesso em: set. 2022.

Fonte: Datafolha, 05 e 06/10/2020. Disponível No Banco de Dados do Cesop/Unicamp. < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/4583 >. Universo: eleitores da cidade de São Paulo. Acesso em: set. 2022.

saúde

O Rádio e a Pandemia da COVID-19

Em 2020, logo no início da epidemia do Coronavírus, pesquisa nacional apontou que a grande maioria da população brasileira se informava pela televisão sobre a nova doença, seguido por sites de notícias e pelas redes sociais. Apenas 1% dos entrevistados apontavam que tinham o rádio como fonte de informação. No entanto, enquanto metade dos entrevistados indicavam que confiavam nas informações transmitidas pelo rádio, pelo menos o mesmo percentual dizia que não confiava nas redes sociais.

Meio de informação sobre o coronavírus (%)

Fonte: Datafolha, 05 e 06/10/2020. Disponível No Banco de Dados do Cesop/Unicamp. < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/4583 >. Universo: eleitores da cidade de São Paulo. Acesso em: set. 2022.

Fonte: Datafolha, 05 e 06/10/2020. Disponível No Banco de Dados do Cesop/Unicamp. < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/4583 >. Universo: eleitores da cidade de São Paulo. Acesso em: set. 2022.

Com a chegada primeiro da TV… e nas décadas recentes das mídias sociais…

Sempre houve um ou outro especialista em comunicação decretando o fim do rádio como elemento de informação, educação ou de entretenimento.

Por outro lado, ainda nos anos 1950, com o surgimento da televisão, havia os que acreditavam que, assim como outras “manifestações artísticas”, o rádio sobreviveria à chegada da tevê pois, não haveria “a eliminação de uma arte pela outra”.

De acordo com o IBOPE: “Todas essas manifestações artísticas sofrem pequenos decessos periódicos, para ressurgir sempre com novos aspectos, novas técnicas e novas ideias.”

(BCD08/10, 1952: 237].

saúde

Confiança nas informações sobre o coronavírus (%)
Brasil, 2020

Fonte: Datafolha, 18 a 20/03/2020. Disponível no Banco de Dados do Cesop/Unicamp. < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/4546 >. Universo: eleitores brasileiros. Acesso em: set. 2022.

Fonte: Datafolha, 18 a 20/03/2020. Disponível no Banco de Dados do Cesop/Unicamp. < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/4546 >. Universo: eleitores brasileiros. Acesso em: set. 2022.

Conclui-se que, para a maioria dos entrevistados, os meios de comunicação tradicionais se constituem como fontes seguras de informação.

saúde

Confiança nas informações sobre o coronavírus (%)
Brasil, 2020

Fonte: Datafolha, 18 a 20/03/2020. Disponível no Banco de Dados do Cesop/Unicamp. < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/4546 >. Universo: eleitores brasileiros. Acesso em: set. 2022.

Fonte: Datafolha, 18 a 20/03/2020. Disponível no Banco de Dados do Cesop/Unicamp. < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/v/4546 >. Universo: eleitores brasileiros. Acesso em: set. 2022.

Conclui-se que, para a maioria dos entrevistados, os meios de comunicação tradicionais se constituem como fontes seguras de informação.

Fato é que o rádio está presente na vida dos brasileiros. Embora a maioria das estações opere na região Centro-Sul do país, o rádio ainda é o principal meio que conecta o cidadão ao restante da nação em muitos rincões do país

Na era digital, o rádio toma fôlego com o podcasting. Novos formatos de narrativas sonoras permitem que a população marginalizada seja ouvida, podendo se configurar como oportunidade para a inclusão social. 

Nesse cenário, o desafio atual do rádio é transpor a desigualdade de acesso que marca o abismo digital entre os brasileiros de modo que seu potencial inclusivo possa ser, de fato, realizado.

Fontes utilizadas

AZEVEDO, Lia Calabre de. No tempo do rádio: radiodifusão e cotidiano no Brasil: 1923-1960. 2002. 277 f. Tese (Doutorado em História) Universidade Federal Fluminense. Niterói, Rio de Janeiro, 2002.
CATÁLOGO da série Pesquisas Especiais e da série Boletim das Classes Dirigentes do fundo IBOPE. Campinas: UNICAMP/IFCH/AEL, 2007. (Coleção Instrumentos de Pesquisa, 5). 196 p.
BANCO DE DADOS DO CESOP/UNICAMP. Disponível em: < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/apresentacao >. Último acesso: set.2022.
INVENTÁRIO do Fundo IBOPE. Campinas: UNICAMP/IFCH/AEL, 2007. (Coleção Instrumentos de Pesquisa, 3). 159 p.
MARTINI, Silvia Rosana Modena.O IBOPE, a opinião pública e o senso comum dos anos 1950: hábitos, preferências, comportamentos e valores dos moradores dos grandes centros urbanos (Rio de Janeiro e São Paulo) Campinas, SP : [s. n.], 2011. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas.
MENEGUELLO, Rachel (Coord.). Mídia, Sociedade e Política: TV e padrões de comportamento social e político da década de 1950 ao ano 2000. Relatório Final, Processo CNPQ n. 473642-2003-4, out. 2005. Projeto desenvolvido pelo Centro de Estudos de Opinião Pública (CESOP)/UNICAMP. 95 p.
MENEGUELLO, Rachel; DEL PORTO, Fabíola Brigante. (Eds.). Tendências: Encarte da Revista do Cesop. Opinião Pública, v. 14, n. 2, nov. 2008, p. 515-545.

AZEVEDO, Lia Calabre de. No tempo do rádio: radiodifusão e cotidiano no Brasil: 1923-1960. 2002. 277 f. Tese (Doutorado em História) Universidade Federal Fluminense. Niterói, Rio de Janeiro, 2002.
CATÁLOGO da série Pesquisas Especiais e da série Boletim das Classes Dirigentes do fundo IBOPE. Campinas: UNICAMP/IFCH/AEL, 2007. (Coleção Instrumentos de Pesquisa, 5). 196 p.
BANCO DE DADOS DO CESOP/UNICAMP. Disponível em: < https://www.cesop.unicamp.br/por/banco_de_dados/apresentacao >. Último acesso: set.2022.
INVENTÁRIO do Fundo IBOPE. Campinas: UNICAMP/IFCH/AEL, 2007. (Coleção Instrumentos de Pesquisa, 3). 159 p.
MARTINI, Silvia Rosana Modena.O IBOPE, a opinião pública e o senso comum dos anos 1950: hábitos, preferências, comportamentos e valores dos moradores dos grandes centros urbanos (Rio de Janeiro e São Paulo) Campinas, SP : [s. n.], 2011. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas.
MENEGUELLO, Rachel (Coord.). Mídia, Sociedade e Política: TV e padrões de comportamento social e político da década de 1950 ao ano 2000. Relatório Final, Processo CNPQ n. 473642-2003-4, out. 2005. Projeto desenvolvido pelo Centro de Estudos de Opinião Pública (CESOP)/UNICAMP. 95 p.
MENEGUELLO, Rachel; DEL PORTO, Fabíola Brigante. (Eds.). Tendências: Encarte da Revista do Cesop. Opinião Pública, v. 14, n. 2, nov. 2008, p. 515-545.

Sites consultados, acesso em set. 2022

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